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Forever holding hands



(A caminho da escola, depois de almoço.)


Eu: João, dá a mão à mamã.
Ele: Porquê?
Eu: Porque estás a crescer muito rápido, e daqui a pouco tempo já não vais mais querer dar a mão à mamã, e por isso tenho que aproveitar agora.
Ele: Oh mamã, eu vou sempre querer dar-te a mão... porque tu és muito gira.
Eu, com um sorriso: Obrigada, filho.
Ele, meio intrigado com o meu agradecimento: Oh mamã, não precisas de dizer obrigada, (porque) tu és meeesmo gira.



[Sei que um dia destes vais mesmo deixar de me dar a mão. Talvez até eu ser velhinha e voltares a dar-ma quando a minha mão já for muito enrugada e a segurares com muita força com medo de me perderes.

Mas achas, filho, que podes nunca deixar de me dizer essas coisas? É que por uns minutos fazes-me sorrir e sou a pessoa mais feliz do planeta (mesmo sabendo que não sou gira, que sou apenas um rosto vulgar). 

Ah, e de qualquer forma fica aqui registado essa do "vou dar-te sempre a mão", um dia posso precisar deste trunfo. ;)  ]

Irritações de mãe



Passámos 6 anos da vida do J. a ensiná-lo a dizer as palavras correctamente. 
Carro é carro, não é popó. Pássaro é pássaro, não é piupiu. Comer é comer, não é papar. 

Foi preciso ir para a escola primária para que o ensinassem a dizer "popó", "piupiu" ou "pipi" (?!), "papar".

Alguém me explica que método de ensino é este?!


(Sim eu sei que eles têm de aprender as letras, os fonemas, os ditongos, mas há outras formas, sim?)

Self-motivation


R. em modo auto-motivação, depois de fazer um grande xixi no pote: "Muito bem! Muito bem!"


[Se estivermos atentos, podemos aprender muito com as crianças. Às vezes também precisamos de nos dar palmadinhas nas costas, de não sermos tão exigentes connosco próprios.]

The sound of silence



Hoje é daqueles dias em que tudo o que eu precisava era deitar-me na areia ou na relva, fechar os olhos, escutar o silêncio e não pensar em nada.



[Na grande maioria dos dias consigo formar uma bolha de sanidade à minha volta que me protege do ruído ensurdecedor de 3 crianças pequenas aos pulos e berros dentro de casa. Noutros (raros) dias, não consigo e só me apetece fugir por uma hora que fosse.]

The best and the worst


Os meus filhos são o meu maior tesouro nesta vida. 
Eles são o melhor dos meus dias. Com os seus sorrisos de felicidade verdadeira. Com os seus abraços de amor tão profundo. Com as suas coisas tão engraçadas que me fazem rir genuinamente. Trazem ao de cima o meu melhor.

Os meus filhos são o mais difícil dos meus dias. Com as suas birras intermináveis. Com os seus gritos e discussões. Com os seus desafios à autoridade. Às vezes parece que me torno numa pessoa pior por uns momentos. Quando não tenho uma paciência infinita e falo alto com eles, quando estou cansada e despacho-os, quando fico com os nervos à flor da pele e tenho que me conter (muito) para não desatar à palmada indiscriminada, quando já só quero que vão para a cama dormir e me deixem em paz.

E, no entanto, quando acordamos de manhã e olhamos para eles, sabemos que hoje os vamos amar ainda mais do que ontem (mesmo que ontem tenha sido um dia mau). 

É incompreensível este amor infinito e incondicional. É único. E é o melhor desta vida.

Tea party





4 anos.
Gostas muito de brincar ao faz-de-conta. E eu gosto de brincar contigo.
És uma princesa que bebe o seu chá "com a mãe dela, que também é uma princesa".

[Não cresças, sim?]

O que uma mãe tem que ouvir...



Eu, sentada no sofá, descontraída. O J., agarra-se a mim, eufórico: "Boa, mamã, boa!!!" Eu, sobrolho franzido a tentar perceber que cena incrivelmente simples, não-intencional e genial é que fiz desta vez (sim, porque geralmente é com cenas incrivelmente simples e não-intencionais que eles ficam incrivelmente eufóricos). 

Ele, cabeça encostada na minha barriga: "Boa, mamã, vais dar-me outro mano!!!" Eu, sem saber se desato à gargalhada ou se vou afogar as minhas tristezas numa barra de chocolate... Já que tenho a fama ao menos que tenha o proveito... 


É nestas alturas que uma mãe percebe que apesar de a generalidade do corpo já ter ido quase ao sítio sem dietas nem exercícios depois de ter tido 3 filhos em 4 anos, há uma partezinha nojentinha redondinha e fofinha que não... o pneu(zão).

Amor de Mãe


O J. tem ciúmes da I. 
A I. tem ciúmes da R.
A R. tem ciúmes dos dois.

Alguém lhes explica, por favor, que o colo de uma mãe dá para os três?... 
(ok, às vezes com um bocado de equilibrismo... mas consegue-se!) 

E que o amor, os beijinhos, os cafonés, os "a mamã gosta muito de ti" segredados ao ouvido, dão para os três...

O amor de uma mãe não se divide pelos filhos. Multiplica-se. Por dois, por três, pelos que houver.

Das bichezas



Ser mãe é... Descobrir uma série de doenças novas que não sabíamos existir... 
A nova cá de casa é: doença da mão, pé e boca. 
Assim, com este nome, tal e qual... (Não dá vontade de rir?)

(Felizmente não é nada de grave.)

Kids must cry


Porque devem os pais pôr os filhos a chorar?

Recomendo esta leitura.
"A ideia de fazer tudo para que os filhos sejam felizes, evitando que chorem, está ultrapassada. A teoria de disciplinar sem que a criança chore está desactualizada." 

Depois de muitos anos de uma psicologia que considero má, o bom senso finalmente.

Learning


Tem a cabeça sempre a mil. Faz muitas perguntas e quer respostas sérias e correctas. Explico-lhe tudo direitinho, demoradamente e com palavras caras. Tal como ele gosta. Continua a surpreender-me quando depois de muito tempo se lembra de tudo. Explica-se bem. Aprendeu.



[Não mudes nunca, meu filho, sim?]

Oh no...


Xô gastroenterite... 

(Baixas a assinalar para já: filha #2 e filha #3... Vamos lá a ver se não corre a família toda...)

Spoiled rotten



Para quem tem filhos, para quem quer ter filhos. Um artigo muito, muito, interessante. Apesar de ser escrito num contexto americano, aplica-se a muitos pais e filhos europeus. 

[Longo e em inglês, mas vale a pena]



For anyone with kids or that wants to have kids. A very interesting article.

Laundry, laundry, laundry...



Uma família de 5. 
3 crianças.
Uma semana no campo (ou melhor, no mato) é igual a muita roupa suja... 

(Duas máquinas de roupa tratadas, seguem-se mais 8...)

Homeschooling... Yes or no...


Tenho algumas questões sobre o assunto, mas o que é certo é que em países onde o "homeschooling" (ensino doméstico) é muito comum as pessoas não têm dúvidas sobre a sua validade e vantagens. 

Confesso que acho que no fundo gostava de ter coragem de fazer isto com os meus três tesourinhos. Depois de me mudar para o campo, claro, que era outra coisa para a qual gostava de ter coragem.

(Hoje li isto.)

Things kids teach you (without knowing)



J.: "Papá e mamã, vocês estão a ver televisão, não estão a brincar comigo, e isso não são boas maneiras! Boas maneiras é fazer o que os filhotes querem."




[Não consegui responder, claro. E o sentimento de culpa foi grande, ó se foi.]

Oh men...


Marido: "Onde está o pente?"
"Se não estiver no armário, está em cima da cesta."
"Hmmm... Não vejo..."
(vou eu procurar e num segundo...) "Está aqui..."

(e logo a seguir)
J.: "Mamã, onde está o meu relógio?"
"Está aí na caixa dos brinquedos."
"Hmmm, não está!"
(Pffff... lá vou eu procurar, e em 2 segundos) "Pega filho." 


Há um estudo científico que confirma esta característica dos homens... Não conseguem encontrar (quase) nada, mesmo que esteja em frente do nariz.



[Ainda bem que os outros dois filhos são meninas, senão acho mesmo que não teria acabado por aqui...]

My kids are not normal



[Às vezes acho que os meus filhos não são normais - parte 2]


Hoje ao jantar. 
J.: "Humm... eu estou a comer os bróculos todos! São tão bons!"
I.: "Mamã, quero mais peixinho..." "Queres mais puré?" "Não." "E cenourinha, que tu gostas tanto?" "Não."

[Assim, tal e qual...]

Teenagers Explained (to parents)



Um livro escrito por duas adolescentes sobre como os pais devem educar adolescentes.

Não sei se ache interessante (acho sempre que os pais devem ouvir os filhos com muita atenção, e certamente elas dizem coisas interessantes no livro que pais mais desatentos poderão não saber) ou se ache... que o mundo está ao contrário!...

[E quando acho que já vi tudo...]

Sleeping beauty


É a última dos 3 a adormecer. Faz todos os dias a mesma rotina depois de se deitar. Levanta-se, quer água, faz xixi, quer dizer uma coisa importante e engasga-se toda quando lhe perguntamos (naquele tom de vá diz rápido e vai dormir, que nós já estamos muito cansados e precisamos destas poucas horas ao fim do dia sem correria e confusão) "o que é, filha?" porque afinal não é nada de importante e é tão pouco importante que nem sabe o que é... Diz qualquer coisa e volta para o quarto, mas fica no corredor. Deita os bebés uns ao lado dos outros, em distâncias que parecem ter sido medidas com a régua. Cobre-os com umas mantas improvisadas. Põe-lhes a chupeta. Senta-se, pega num livro e conta-lhes uma história. Tudo numa quase escuridão. 

Passadas umas duas horas lá vai ela deitar-se. E eu gostaria de não estar já demasiado cansada para ir deitá-la (pela quarta ou quinta vez), cobri-la docemente, sentar-me e contar-lhe uma história.


[Nana bem, minha princesa.]